Antes de qualquer abordagem sobre a radiestesia permitam-me reproduzir na íntegra a introdução do Livro Ondas de Vida Ondas de Morte de Jean de La Foye, cuja Leitura na íntegra recomendamos fortemente:
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INTRODUÇÃO
"Para muitos de nossos contemporâneos o radiestesista é um sujeito meio louco que, com uma bola na ponta de um fio, encontra ? ou não ? uma série de coisas dissimuladas para o mais comum dos mortais. Daí o matiz pejorativo que colore frequentemente a radiestesia junto às pessoas que se supõem sensatas.
Será necessário, portanto, correr o risco de parecer-se com esse indivíduo... Os meios da radiestesia são, com efeito, os únicos, atualmente, que nos permitem penetrar esse mundo vibratório um pouco misterioso onde mergulham as raízes do vivo, o mundo das ondas de forma.
Nossa caminhada, muito simples, será a do pesquisador para quem somente os fatos têm razão. Malditos seja preconceitos! É estupidez se fechar a priori nas teorias ou sistemas que enchem a imaginação, nos limites artificiais que talvez não sejam mais que a verdade de um dia.
O pêndulo não será, de qualquer maneira, senão um instrumento de percepção, como o olho ou o ouvido. Permitirá detectar fenômenos que ainda escapam aos instrumentos clássicos, mas são bem reais por sua influência sobre a saúde, por exemplo, ou por suas possibilidades em análises. Por outro lado, o pêndulo de forma alguma dispensa o bom senso ou o raciocínio que a ele se liga.
Isso elimina, de um golpe, o pêndulo-adivinho dos mentalistas puros (sem intenção pejorativa) assim como as atividades radiestésicas ou pararradiestésicas que depreciam essa arte. O pêndulo não pode fazer tudo, nem resolver tudo e, ? excluindo faculdades excepcionais bastante raras? não é muito seguro empregá-lo fora de sua própria atividade profissional que permite controles. (grifado por nós pela importância)
O que não nos impede de aprofundarmo-nos em certas leis, notadamente as das vibrações de pequena energia que nos interessam aqui e que não são mais do que um dos ramos ignorados da Física.
A base do que se seguirá será o "Campo Vital" trama invisível desta tapeçaria viva que é a natureza da qual somos, sobre a Terra, parte integrante. Uma vez que se tenha compreendido esse campo, acompanha-se facilmente a ideia de Pasteur, retomada em nossos dias por Popper, a saber que não é a matéria que engendrou a vida no curso de sua evolução (pergunta-se inicialmente através de que "motor"), mas, ao universo, a Vida que deu forma ao fio do tempo, pelo ato do Criador, às condições de suas manifestações sucessivas, do mineral ao vegetal, do vegetal ao animal... Não iremos mais longe: eliminamos por princípio o domínio do Espírito que escapa a qualquer controle experimental, a qualquer tentativa de dominação, se bem que seja ele quem condiciona o conjunto. Não transporemos o limiar intransponível do mistério.
E entretanto... Foi necessário abordar certos assuntos que talvez irão chocar alguns leitores.
Coloque-se em nosso lugar. Por profissão tínhamos que resolver problemas concretos que se apresentavam no meio agrícola e era necessário remontar às origens de forma muito pragmática à medida que tropeçávamos.
A pé, a cavalo ou de automóvel, o essencial é chegar inteiro."
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Daqui se depreende que trata-se, ao contrario do que dizem as más línguas, de estudo sério, baseado na observação e que, por sua peculiaridade apresenta campo aberto ao pesquisador dedicado e paciente...
A radiestesia vêm nos acompanhando desde que existimos, podemos com certeza afirmar, pois, desde lá vivemos imersos em um oceano de diferentes energias e, jamais, poderíamos passar incólumes por ele.
Tivemos que nos adaptar!
E esta adaptação tornou a convivência tão natural que paramos de prestar atenção no que ocorre à nossa volta.
Somente alguns, poucos, de nós é que se preocuparam em utilizar essa informação a seu favor. Pena que em determinadas circunstâncias, e infortunadamente na grande maioria das vezes, os que assim agiam estavam contra o poder hegemônico, interessado em controlar as massas. Isso, invariavelmente, nos tem levado a atraso, quando não a retrocesso...
Sem a menor sombra de dúvida coloco, por minha conta, o estudo da radiestesia neste rol.
BREVE HISTÓRICO.
A radiestesia não é uma novidade surgida no início do século passado. Registros diversos demonstram que ela tem sido praticada desde o início dos tempos. A seguir apresentaremos de forma resumida algumas evidências dessa prática ao longo dos tempos..
PRÉ-HISTÓRIA - Norbert Casteret (explorador) em ?Dix ans sous terre" apresenta evidências de que os Aurignacianos e os Magdalenianos, essencialmente caçadores, praticavam uma técnica de encantamento de suas presas, traçando sobre os desenhos dos animais que pretendiam abater os ferimentos que desejavam produzir.
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Povos primitivos usavam uma espécie de bastão de busca que tinha sobre suas Laterais figuras de animais, seu funcionamento era equivalente ao de um detector-testemunho - um autêntico pêndulo.
9000 a.C. - Analisando documentos arqueológicos acredita-se que sacerdotes e mágicos da civilização peruana usavam a ?varinha" para suas adivinhações. Em seu livro ?Two Years in Peru" (1876), T. J. Hutchinson, fala de uma figura entalhada na rocha com uma ?forquilha" nas mãos.
2200 a.C. - Para os antigos chineses a água corria sob a terra nas veias do dragão. Acredita-se que o imperador Ta-Yu, da dinastia Hsia, usava uma varinha para encontrar fontes e correntes de águas subterrâneas bem como determinava as terras adequadas ao plantio de certas sementes, segundo as estações do ano. Há retratos do imperador Yu segurando algo parecido com uma forquilha em suas mãos.
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1600 a.C. - Na Bíblia, em Êxodo, capítulo VII, versículo 9 vemos que os magos egípcios antecessores de Moisés, conheciam a varinha e suas qualidades:
?Se o faraó vos pedir um prodígio, tu dirás a Aarão: toma tua vara e joga-a diante do faraó; ela se tornará uma serpente".
44 a.C. - Cícero em seu livro ?Divinatione" relata que a arte divinatória era bastante apreciada na antiga Roma e que os adivinhos romanos usavam o ?lituus" - uma vara em forma de cajado. Vitruvius Pollio no oitavo livro da obra ?De Architectura" (aprox. 27 a 16 a.C.), descreve extensamente as técnicas usadas para a localização de fontes, mananciais e jazidas, sugerindo o uso de práticas radiestésicas.
476 d.C. (final do império romano) até o século XI ? Período com praticamente nenhuma referência à pratica radiestésica
840 - 912 d.C. - Notker, filho de uma família nobre e monge beneditino na Abadia de Saint Gall na atual Suíça, cita em seus escritos as varas adivinhatórias ?mercuriais e voláteis?.
O destaque fica para o que é dito sobre os ?atributos? do manuscrito: ?Uma haste; hábito beneditino; livro em uma mão e uma vara quebrada na outra com a qual ele atinge o diabo?.
1350 d.C. - Referências a ?vara de condão? são encontradas no livro ?Das Buch derNatur(O livro da Natureza)? de Conrad von Megenberg, com destaque para a frase:
?varas de espeto, quando eram de aveleira, costumavam girar sobre si mesmas com a ação do calor?.
1521 d.C. - ?O Dragão vermelho?, livro de receitas mágicas apresenta a fórmula para o preparo de uma vareta mágica.
1558 a 1603 d.C. - No reinado da Rainha Elizabeth, mineiros alemães são convidados a desenvolver a indústria mineira da Cornualha. Depois disso, visando à descoberta de minas de estanho em seu território, a Inglaterra contrata rabdomantes alemães. O sucesso dessa empreitada, que se deu por volta do século XVII, fez com que o uso da ?vara divinatória? se espalhasse por toda a Europa, o que desencadeou enorme controvérsia no meio científico e no clero. Aqueles que se opunham a radiestesia trataram de associá-la a práticas satânicas, considerando-a ?obra do demônio?.
No período de ?caça às bruxas? e aos praticantes da radiestesia, o caso de maior destaque foi o do casal Beausoleil que depois de prestar serviços como ?conselheiros de minas? à Alemanha, Silésia, Morávia, Polônia, Suíça, Itália, Espanha, Escócia e Inglaterra e de ter exercido funções semelhantes em outras regiões, veem seu trabalho sofrer forte oposição no ducado da Bretanha, um estado independente entre os anos 841 e 1532.
Na tentativa de recuperar parte dos prejuízos da família Beausoleil, em decorrência do uso de recursos pessoais para o financiamento das pesquisas, a Baronesa relata ao Duque de Richelieu a descoberta de mais de 150 minas por toda a França, no período de 1602 e 1640. A partir daí, a vida do casal Beausoleil parece cair em desgraça e, separados, terminam seus dias em uma prisão. Detalhes dessa história podem ser obtidos no livro ?Radiestesia Prática e Avançada? de Antônio Rodrigues.
Do início de 1600 d.c. Ao século xx
1693 d.C. - Relatos do Padre Pierre Lebrun, dão conta que na França o casal Beausoleil foi o pioneiro na utilização da ?varinha? para a procura de água, mananciais e minérios. A importância do relatório ?A restituição de Plutão?, encaminhado ao Duque de Richelieu pela Baronesa Beausoleil, se evidencia pela sua publicação na obra de Pierre Le Lorrain, abade de Vallemont, intitulada ?A física Oculta? - obra publicada em 1693 e reeditada em 1702 e 1722.
Os excelentes resultados obtidos com o uso da ?varinha? para a procura de água e prospecção de minérios foram apontados por vários autores do século XVII, destacando-se Edo Neuhusius (Sacror fatidic -1658), Sylvester Rattray (Theatrum sympatheticum - 1662), Robert Fludd (Philosophia mosayca), o químico Rodolfo Glauber, dentre muitos outros.
1701 d. C. - A adesão de teólogos da época as ideais contrárias ao uso da ?varinha divinatória? contribuíram para o julgamento negativo dessa arte, o que culminou com um decreto da Inquisição, datado de 26 de outubro de 1701, declarando o uso da ?varinha? proscrito em definitivo no seio da Igreja.
A proibição do uso da ?varinha? no seio da igreja não logrou sucesso, porque no século XVIII um grande número de abades, frades e sacerdotes se dedicaram a estudar o fenômeno radiestésico e a praticá-lo. Nessa época, o nome zahories passou a ser usado para denominar aqueles que faziam uso da radiestesia, destacando-se entre eles no fi nal do século, o zahorista Barthélemy Bleton de Saint-Jean-en-Royant, descobridor de mais de 100 minas.
1798 d.C. - Na França as primeiras observações a respeito dos movimentos do pêndulo foram feitas pelo Capitão Ulliac, Desgranges e por Antonie Gerboin, professor da Faculdade de Medicina de Estrasburgo na França, autor das publicação das experiências do grupo sob o título ?Investigações Experimentais sobre um novo modo de ação elétrica? - Estrasburgo, 1808.
1812 d.C. - Acima se vê a imagem de Michel Eugène Chevreul, célebre químico francês, conhecido pelo seu trabalho sobre os ácidos graxos e a saponifi cação e por sua contribuição à teoria das cores, também, se inspirou nas experiências de Fortis e Amoretti e realizou experimentos com o pêndulo. Essas experiências se mostraram a favor do uso do pêndulo e foram publicadas na ?Revue des Deuz-Mondes?, em forma de carta sob o título ?Sobre uma classe especial de movimentos musculares?. Contudo, algum tempo depois realizou novas experiências com o pêndulo - agora com os olhos fechados - e concluiu, equivocadamente, que a experiência visual contribuía para o movimento involuntário muscular. Esses conceitos fi zeram com que
Chevreul se tornasse um aguerrido crítico das práticas radiestésicas, o que contribuiu para o retardamento das investigações científicas com base nessa técnica, por quase um século.
Continua...